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O que é empreendedorismo materno e por que ele cresce tanto no Brasil?

Adriely Almeida
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Business Intelligence | Commercial Strategy | Design Gráfico | Marketing | Branding & Estratégia Digital | Criação e Desenvolvimento | Audiovisual | Social Mídia | Copywriter | Fotografia | Redação | Arte | Event Design
Descubra como o empreendedorismo materno transforma vidas e cresce no Brasil. Conheça histórias reais, desafios e como empreender com apoio e propósito.

A maternidade, para muitas mulheres, é mais do que um marco na vida – é um renascimento. Um chamado para rever rotas, refazer planos e, muitas vezes, reinventar a si mesma. Nos últimos anos, esse chamado tem se manifestado de forma poderosa no Brasil por meio do empreendedorismo materno, um fenômeno que cresce à medida que mães decidem transformar suas experiências em caminhos de liberdade, autonomia e afeto.

Com a chegada dos filhos, tantas mulheres olham para a carreira sob uma nova luz. Suas prioridades mudam. O tempo passa a ter outro peso. E o mercado formal, ainda preso a estruturas rígidas e pouco acolhedoras, frequentemente falha em oferecer o suporte que elas precisam. É nesse cenário que muitas escolhem empreender: não por fuga, mas por coragem. Coragem de construir algo próprio, algo que abrace ao mesmo tempo o sonho profissional e o desejo de estar presente.

Segundo o SEBRAE, já são mais de 9 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil – e uma grande parte delas é mãe. Muitas iniciam essa jornada após enfrentarem dificuldades de retorno ao mercado pós-licença-maternidade ou após sentirem na pele a invisibilidade no ambiente corporativo. O que antes parecia arriscado, agora é percebido como estratégico: um caminho real de protagonismo feminino.

Os desafios reais do empreendedorismo materno

A rotina é exigente: empreender, por si só, já requer planejamento, dedicação e resiliência. Quando se adiciona à equação o cuidado integral com os filhos, tudo se intensifica. Uma das maiores queixas entre mães empreendedoras é a falta de tempo. Diferente de um emprego com horários fixos, o negócio próprio demanda atenção constante, especialmente nos primeiros meses ou anos.

Outro desafio é a solidão da jornada. Muitas mulheres começam sozinhas, acumulando as funções de cuidadora, gestora, comunicadora, vendedora e até educadora. Isso gera sobrecarga – e a conhecida culpa materna, que insiste em sussurrar que nunca é o suficiente. Além disso, a necessidade de atualização constante e a busca por estratégias de crescimento exigem energia que, às vezes, parece escassa.

Mas é exatamente nesse ponto que tantas mães florescem: ao transformar adversidade em potência, caos em estratégia e amor em combustível.

Como equilibrar maternidade e negócios com mais leveza

Empreender e maternar ao mesmo tempo não é um ato de mágica, mas de autoconhecimento e estrutura. Algumas atitudes práticas podem fazer essa balança pesar menos:

  • Crie uma rotina realista e flexível: adapte seus horários aos momentos mais calmos da casa – como as sonecas ou o tempo escolar.
  • Defina prioridades semanais: nem tudo precisa ser feito hoje.
  • Delegue sempre que possível: seja nas tarefas domésticas ou em áreas do negócio que podem ser terceirizadas.
  • Tenha um espaço de trabalho acolhedor e funcional: mesmo que pequeno.
  • Cuide de si mesma: autocuidado não é luxo, é base. Uma mãe emocionalmente saudável é também uma empreendedora mais criativa, resiliente e segura.

Lembre-se: equilíbrio não é dividir o tempo igualmente, mas viver com presença plena em cada papel que se ocupa.

Histórias inspiradoras: quando a maternidade vira motor de mudança

Existem mulheres que, ao se tornarem mães, descobriram o desejo ardente de construir algo maior – algo que tocasse outras mães, outros filhos. Algumas criaram marcas de roupas funcionais para o pós-parto. Outras desenvolveram cursos sobre parentalidade consciente. Muitas monetizaram talentos esquecidos ou adormecidos: do artesanato ao marketing digital, da culinária à produção de conteúdo.

Essas mães não apenas empreendem: elas curam, conectam e criam impacto.

A maternidade pode parecer, à primeira vista, um obstáculo para empreender. Mas, para muitas mulheres, ela é justamente a chave que desbloqueia um novo olhar para o mundo e para os negócios.


Exemplo real: Renata e Elis, mulheres que transformaram dor em legado

Não é raro ouvir que a maternidade muda tudo. Mas para algumas mulheres, essa mudança vai além da rotina: ela redefine a carreira, o propósito e o jeito de impactar o mundo. Um exemplo vivo disso é a trajetória de Renata e Elis. À frente da RHF Talentos, maior rede de consultorias de RH do país, elas mostram que o empreendedorismo materno pode ser uma ponte entre a maternidade ativa e o impacto social.

Renata é mãe de três filhos, sendo dois deles diagnosticados com autismo. Sua vida sempre foi uma dança entre a maternidade ativa e a liderança empresarial. Ela escolheu empreender não apenas para gerar renda, mas para construir uma realidade onde pudesse estar presente na vida dos filhos e, ao mesmo tempo, liderar um negócio de impacto. Com empatia, inteligência emocional e uma visão estratégica afiada, Renata desenvolveu uma cultura organizacional baseada em acolhimento, autonomia e resultados – e isso se reflete em todas as frentes da empresa.

Já Elis é mãe de uma menina de 3 anos e sócia-diretora da RHF Talentos. Quando recém havia recebido o convite de sociedade, descobriu a gravidez e, pouco depois, enfrentou um dos momentos mais críticos da vida: liderar a operação da empresa enquanto lidava com o marido internado na UTI por conta da Covid-19, grávida, no exato momento em que se preparavam para mudar de casa. Mesmo assim, manteve o foco, gerenciou a equipe e sustentou o crescimento da empresa. Sua história mostra que é possível viver a maternidade com presença e ainda assim ser uma líder firme, estratégica e inspiradora.

Ambas escolheram o caminho do empreendedorismo como forma de ampliar sua liberdade e também para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo. Hoje, além de gerir um negócio com mais de 200 franqueados, elas também transformam vidas, especialmente de mulheres que, assim como elas, querem empreender com sentido e coragem.

Histórias como a de Renata e Elis são mais do que inspiração: são prova real de que empreender e maternar é possível, mesmo diante de enormes desafios. O segredo está em ter propósito, rede de apoio, gestão emocional e a coragem de transformar adversidade em força motriz.

Maternidade como potência: o que o mercado ainda precisa aprender

O mundo corporativo ainda carrega o estigma de que a maternidade diminui a produtividade da mulher. Mas essa é uma visão míope. O período pós-maternidade é, para muitas mulheres, o momento de maior expansão emocional e desenvolvimento de soft skills fundamentais: empatia, foco, criatividade, inteligência emocional, resolução de problemas – características essenciais para qualquer líder ou gestora de sucesso.

Reconhecer essas competências como diferenciais é um passo urgente para tornar o mercado de trabalho mais justo. No empreendedorismo, as mães têm liberdade para construir essa narrativa, mas também enfrentam o peso de provar sua competência o tempo todo. Precisamos falar mais sobre isso e criar um ecossistema de apoio entre mulheres, empresas e iniciativas públicas para fortalecer o empreendedorismo materno como um caminho legítimo e poderoso.

Conclusão: O empreendedorismo materno é possível – e transformador

Empreender durante a maternidade não é sobre fazer malabarismos perfeitos, mas sobre viver com verdade, propósito e presença. Ser mãe e empreendedora é possível – e mais do que isso: pode ser uma das jornadas mais belas e potentes da vida.

Se você está nesse caminho, saiba que você não está sozinha. O processo pode ser desafiador, mas os frutos são profundos. Cada pequena conquista – um cliente novo, um produto entregue, uma ideia tirada do papel – é uma vitória que reverbera em você, nos seus filhos e no mundo.

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